A queda de 4,1% do PIB em 2020 foi menor do que o esperado pelo mercado – alguns analistas previram em torno do dobro deste tombo no começo da pandemia, mas para a Federação do Comércio de São Paulo (FecomércioSP) as notícias seguem desanimadora. Para a entidade, no melhor cenário a retomada do crescimento da economia só ocorrerá a partir de 2023.
Os representantes do varejo lembram que a última vez em que o país cresceu signficativamente foi em 2013 (3%). Em seguida, o melhor desempenho foi 2017 (1,3%). Nos dois casos, o percentual foi o do PIB oficial, medido pelo IBGE.”Em outras palavras, se nada der errado daqui para frente, o Brasil só voltará ao patamar de 2013 exatamente dez anos depois. É, portanto, a verdadeira década perdida”, destacou a entidade.
Para a FecomércioSP, ainda que o PIB cresça entre 3% e 3,5% em 2021, será muito mais por conta do efeito comparativo da queda de 4,1% em 2020 do que um indicativo sólido da retomada econômica.
“O ano de 2021 já começou com desafios enormes para a economia do País, com um primeiro trimestre marcado por uma nova queda do consumo das famílias em meio ao auge da crise de covid-19, cujos impactos se verão no PIB trimestral. Além disso, há ainda as dúvidas de longo prazo sobre a capacidade do governo federal em implantar uma política de austeridade fiscal cortando despesas.”